terça-feira, 16 de março de 2010

Study Finds No Cancer-Marijuana Connection

Study Finds No Cancer-Marijuana Connection

By Marc Kaufman
Washington Post Staff Writer
Friday, May 26, 2006


Estudo não encontra conexão entre câncer e marijuana


O maior estudo deste tipo já realizado concluiu que fumar marijuana, mesmo regularmente e pesadamente, não leva ao câncer de pulmão.

As novas descobertas “foram contra nossas expectativas” disse Donald Tashkin da Universidade da Califórnia em Los Angeles, pneumologista que estuda marijuana há 30 anos.

“Nós supúnhamos que havia uma associação positiva entre o uso de marijuana e câncer no pulmão e esta associação seria maior quanto maior a quantidade fumada”, disse ele. “Nós não encontramos nenhuma ligação, em vez disso encontramos uma possibilidade de que possa ter efeito protetor”.

Órgãos de saúde federais e oficiais da agência antidroga vêm amplamente usando os trabalhos anteriores de Tashkin para afirmar os efeitos nocivos da droga. Tashkin disse que quando ele ainda acreditava que marijuana era fortemente prejudicial, os efeitos cancerígenos pareciam ser menos importantes do que pensava.

“Os primeiros trabalhos mostraram que marijuana contem tantas substancias cancerígenas quanto o tabaco”, disse. Entretanto a marijuana também contém a substância THC, que, afirma ele, pode combater o envelhecimento celular afastando-as esses tecidos do câncer.

O estudo de Tashkin, pelo National Institutes of Health's National Institute on Drug Abuse (instituto nacional para o abuso de drogas do instituto nacional de saude), envolveu 1.200 pessoas em Los Angeles que tinham câncer no pulmão, pescoço ou cabeça, e mais 1.040 pessoas saudáveis separadas por idade, sexo e localidade.

Todos foram perguntados sobre há quanto tempo usam marijuana, tabaco ou álcool. Os maiores fumadores de maconha tinham fumado mais de 22.000 cigarros de marijuana, os fumadores moderados entre 11.000 e 22.000. Tashkin observou que nem entre os maiores fumadores havia incidência relevante em nenhum dos três cânceres estudados.

“Esta é a maior pesquisa já feita, todos preencheram um criterioso e extenso questionário sobre o uso da marijuana”, diz Tashkin. Em todas as pesquisas podem haver enganos, nós controlamos todos os fatores adversos da melhor forma possível e por isso acreditamos na veracidade desses fatos”.

O grupo de Tashkin na David Geffen School of Medicine at UCLA concluiu que a marijuana pode originar risco de câncer em humanos jovens, cobaias de laboratório, e o fato dos fumadores de maconha aspirar mais profundamente e segurar a fumaça por mais tempo que os fumantes de tabaco expõe mais tempo às substancias tóxicas presentes em seus respectivos cigarros. Foi encontrado desta forma 50% mais toxinas carcerigenas em um cigarro de marijuana se comparado ao de tabaco.

Enquanto a associação entre marijuana e câncer não pode ser estabelecida, estudos apresentados pela American Thoracic Society International Conference, esta semana, mostrou a possibilidade 20 vezes maior de câncer no pescoço entre pessoas que fumam 2 ou mais maços de cigarro por dia.

O estudo do grupo de Tashkin se limitou a pessoas com menos de 60 anos, pois as pessoas a partir dessa idade geralmente não foram expostas à marijuana em sua juventude, mesmo que a maioria tenha tentado.


http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/05/25/AR2006052501729_pf.html

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